E vens a mim,
como num compasso melódico,
como um solfejo afinado
sob a luz que não clareia
sob os ventos de uma quimera.
Onde encontro
aquela folha emotiva que, quando quer,
envolve-se em róseo ou anil,
ao compasso não da clave de sol,
mas de Picasso?
O outono, aqueles ventos de outono,
que nos supõem calafrios
[por mais que sejam arredios]
tocam-nos e,
janela adentro, nas dissonantes manhãs,
em plena incerteza do despertar,
tentam um frágil diálogo sobre os pilares de sal
do nosso caso de amor.
Vens Brisa
assim, essa
tocas massageia
minha meu
face, peito
fecho sem
meus noção
olhos, sobre
penso a profundidade
em cosmológica
teus do
olhos. existir.
Harmonias maiores,
agora ficam menores e
me fazem despertar
desse delírio fumegante e
metafisicamente tangível.
Olho para o céu,
fito o sol encoberto
pela copa arbústea deste cajueiro
e indago a ti, sem rima
e sem tom:
- Falaste?
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